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A Sétima Arte #4: Especial O Dia da Mulher

sábado, 9 de março de 2013


        Este é um post dedicado às mulheres. E para consagrá-las no dia da mulher hoje a coluna A Sétima Arte conta com a ajuda de Verônica Hiller do Girl Sets Fire e de Nicole Kloss do Teens Books.
        Já que esta é uma coluna sobre livros que viraram filmes, falaremos sobre grandes mulheres que estão presentes na literatura e no cinema. Seja por serem memoráveis, fortes, à frente do seu tempo ou majestosamente magníficas.

Lolita – “Lo. Love Of My Life.”


        Dolores Haze é uma menina que vira mulher antes do tempo – mas não que ela fosse uma menina qualquer. Dona de uma sensualidade ofensiva para os seus humildes doze anos, Lolita vira alvo de um amor doentio que Humbert Humbert, professor particular de Lo, já de meia idade, nutre por ela. Talvez isso o faça parecer um pedófilo dos mais doentios quando, só para ficar perto dela, se casa com a mãe da menina. Mas caso você não se contentar com essa idéia mais moralista, talvez vá conseguir enxergar o amor delicado e meigo que Humbert sente por Dolores, nossa menina mulher talvez maliciosamente provocante demais. Lolita é um filme que podemos tirar muitas conclusões, que tem um fim claro, mas que pode ter muitos outros fins na sua cabeça.



Marla – “It all started when i met Marla.”



        Marla Singer com seus lábios de sofá italiano. Marla Singer com seus braços com queimaduras de cigarro. Marla Singer com seu vestido de festa de debutante. Da gloria ao lixo nós vimos todo o tipo de mulher na literatura. Marla Singer é a mais baixa delas. Chegou onde poucas conseguem chegar, decaiu na vida como ninguém mais caiu, e até fez um terrorista anarquista apaixonar-se por ela. Marla Singer é a epítome do desespero, é o câncer de si mesmo. Depressão e tendências suicidas permeiam a vida de Marla. Viciada em grupos de autoajuda e muitos cigarros Marla conhece o narrador. Nesta espiral decadente os dois envolvem-se em um relacionamento doentio. - “Eu quero Tyler. Tyler quer Marla, Marla me quer. Tyler não me quer por perto. Isto não é sobre amor. Isto é sobre propriedade. E sem Marla, Tyler não seria ninguém.” – No discorrer da história vemos o quão importante Marla é para o Narrador. Que mesmo quando sua vida entra em completa desgraça é para um que o outro corre.
        Marla é o tipo de mulher que nós nos apaixonamos fácil. Ela é instigante e sarcástica. Representa todo aquele tipo de mulher que nos provoca e nos testa. Marla é insuportável, mas todos nós a amamos.

Elizabeth Bennet - “You bewitched me, my body and soul.”



        A realidade das mulheres do século XIX é diferente da que vivemos nos dias atuais. A sociedade daquela época intimava as mulheres a serem totalmente submissas a seus familiares, e futuramente a seus maridos, sendo obrigadas a seguirem certos padrões de comportamento para conseguirem arrematar um homem que as proporcionasse uma vida confortável com as qualidades que lhes eram cabidas na época: uma vida tediosa de dona-de-casa, com uma grande quantidade de filhos para criar, uma boa qualidade musical para entretenimento e um parco conhecimento de mundo, onde a maior preocupação dela deveria ser sobre as fofocas da vida de parentes e vizinhos.
        Inserida nesse meio se encontra a maior mocinha de toda a literatura internacional: Elizabeth Bennet, de Orgulho e Preconceito. A protagonista é adversa a todas as qualidades esperadas de uma moça daquela época: tem uma personalidade forte e desafiadora, com conhecimento de mundo e uma capacidade de se manter fiel àquilo que acredita e a expor esse pensamento independente, mesmo que isso vá contra o princípio tradicional da sociedade onde vive. Feminista e moderna, com uma mentalidade muito a frente das outras mulheres de seu tempo, se mantém sempre determinada a se casar por amor e não com qualquer um arranjado por seus pais para lhe proporcionar uma ascensão social acompanhada de uma vida mais confortável. Não é a toa que Lizzie Bennet é uma personagem que inspirou outras tantas personagens literárias desde seu lançamento há 200 anos: várias outras protagonistas de livros são fundamentadas na Srta. Bennet e possuem os mesmos traços marcantes desta, sendo sempre bem-sucedidas e intimidantes, que encantam a todos os leitores. A história de Bennet já ganhou várias adaptações tanto cinematográficas, quanto literárias, podendo elas ser modernas ou tradicionais.



E para finalizar, temos a excelente obra estreada por Michel Melamed, "Afinal O que Querem As Mulheres?", com o primeiro episódio completo no youtube.






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