“Tyler gets
me a job as a waiter, after that Tyler’s pushing a gun in my mouth and saying,
the first step to eternal life is you have to die.”
O Clube da Luta é o ápice da geração de filmes de
Ultraviolência.
Clube da Luta é um soco na cara, mas é um soco que você
mesmo se dá. A história nos traz um narrador sem nome. Mas ainda que o Narrador
não tenha nome não lhe falta personalidade, que por sinal ele tem muitas. O Narrador
leva uma vida normal, tem um emprego normal, uma casa do jeitinho que ele quer.
O único problema é a insônia. Sofrendo de insônia crônica o Narrador busca todo
tipo de ajuda médica, de neurologistas à homeopatas, até que lhe dizem: “Se
você quer ver dor de verdade você deveria visitar a Primeira Eucaristia às
quartas, veja o grupo de apoio aos parasitas cerebrais, às doenças ósseas
degenerativas, veja os pacientes de câncer morrendo” – Então ele vai.
O Narrador torna-se viciado em grupos de apoio. Torna-se
viciado em presenciar diariamente a desgraça decadente do fim da vida humana. E
dorme com a cabeça no travesseiro feito um anjo.
Até que conhece Marla.
Segundo as palavras do Narrador, Marla com seus lábios de
sofá italiano é uma falsa. Não passa de uma falsa que vai aos grupos de apoio à
doentes para ver gente morrendo todos os dias. E ao conhecer Marla Singer, a
insônia volta.
Durante uma viagem de trabalho o Narrador conhece Tyler
Durden, dono de uma fábrica de sabão chamada Paper Street Co. E é aí que a
história começa. Ao chegar em casa o Narrador descobre que seu apartamento
misteriosamente explodiu, fazendo com que todos os seus pertences avidamente conquistados
com muito trabalho voassem em chamas pelas janelas. Desesperado o narrador pede ajuda à Tyler e
vai morar com ele por uns dias na Paper Street.
Mas este é só o começo da história, os primeiros minutos do
filme e os primeiros capítulos do livro. É apenas o pano de fundo da história
dos dois personagens: Narrador, Tyler e Marla.
Daqui para frente a história não pode ser contada. Afinal,
Você não fala sobre o Clube da Luta.
Clube da Luta é uma história instigante. Escrita por Chuck
Palahniuk em 1996, ao som de Downward Spiral tocado incessantemente no repeat (palavras do próprio autor),
Clube da Luta tem uma narrativa rápida e desenfreada, com parágrafos curtos e
muita ação intercalada com críticas violentas ao American Way of Life. De humor ácido e armado de palavras
cáusticas Palahniuk nos traz um estilo de escrita similar aos Mantras hindus,
com palavras que se repetem seguidamente. Tais características tornam a leitura
uma experiência muito rápida, mas tal velocidade não tira o impacto do livro.
Dirigido por David Fincher (Seven, Zodiac, The Girl With the Dragon Tattoo) e lançado em 1999,
o filme nos traz Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter
respectivamente como Tyler Durden, O Narrador e Marla Singer. O filme é quase
inteiramente uma transcrição muito fiel do livro, com diálogos e cenas
parecidíssimos. Mas não se apegue, os finais são diferentes. O filme tem um
estilo Noir com imagens muito densas
e escuras.
O Clube da Luta é cheio de frases de efeito, ultraviolência
e reflexões sobre a vida que tomamos. É um ótimo livro para começarmos a
entender as obras de Chuck Palahniuk, que traz em todas as suas outras obras o
mesmo estilo caótico e cáustico.
Para Ver:
As Regras do Clube da Luta
Trailer de Clube da Luta legendado em PT-BR
Adorei!
ResponderExcluirPrimeira regra sobre o Clube da luta: nunca fale sobre o Clube da luta ;)
Beijo,
Nic