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As chaves de Ranieri

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ranieri Trecha tem 21 anos e mora em Pelotas. Desde muito novo ligado à literatura, Ranieri manteve durante três anos o blog 7 Chaves, mas achou que o espaço limitava suas ideias e sentimentos. É por isso que o Outras Chaves acaba de nascer.
Formado em Análise de Sistemas e trabalhando como Web Designer, o gaúcho conversou com a gente e nos contou os motivos de romper com o 7 Chaves, o que planeja para o seu novo blog e como a literatura aconteceu em sua vida.
Abaixo, a entrevista completa.

Corrente Literária: Qual foi seu primeiro contato com a literatura? E especificamente com poesia?


Ranieri Trecha: O Pequeno príncipe foi o primeiro livro que eu li, aos 7 anos, ainda hoje, é o livro mais incrível que já li, me identifico muito e acredito que desde sempre foi minha fonte de inspiração. 
Mas comecei a escrever realmente aos 12 anos, sempre li muito e sempre gostei de reinventar os contos de fadas, ou histórias que eu já havia lido, também criava histórias envolvendo os meus amigos, era uma forma divertida de expressar muitas coisas, as vezes, próprios sentimentos.
Quando entrei para a faculdade não tive mais tempo para escrever grandes textos, inventar muitas histórias e foi então que tive um contato maior com a poesia, porque em versos rápidos expressava o que estava acontecendo, então comecei a ler mais poesias, exatamente por serem livros mais rápidos e expressivos.

CL: Você acredita que a poesia deva ter moldes?

RT: Não acredito em moldes, escrevo o que sinto, e isso chega ao resultado final: uma poesia. Não me considero um poeta, mas gosto de me ver como um disseminador de sentimentos.


CL:  Seu processo de criação é baseado em quê?

RT: Sou sensível  emocional e humanitário, tudo isso junto faz com que eu queira escrever sobre o que eu sinto, sobre o que eu vejo e sobre quem eu sou. 
Comecei escrevendo poemas com sentimentos abstratos, eu era muito novo, eu não tinha tido uma grande paixão, ou alguém como referência de “amor da minha vida”, depois de um tempo, fui me apaixonando e isso alimentou uma parte de mim que estava de certa forma vazia de sentimentos e daí nasceram praticamente todos os meus poemas, as vezes, é chato saber que alguns dos meus melhores poemas estão associado a algumas pessoas, mas foram sentimentos verdadeiros em algum momento.

CL: Você acaba de lançar o seu novo blog, "Outras Chaves". Qual será o foco?

RT: O 7 Chaves era um blog descompromissado, tudo era escrito, nada era dosado, não havia um grande cuidado estético, era um diário aberto, confidenciei muitas coisas que fiz ou que fizeram em formato de poemas, e as vezes, textos; muitas pessoas entravam nele para saber como eu estava me sentindo, ou qual nova desilusão eu havia sofrido, ou se eu estava apaixonado; eu ouvi muitos elogios por poemas escritos nele, ouvi muitas criticas por algum conteúdo que possa ter chocado um pouco alguns conceitos, e quando eu comecei a cuidar dele, as visitas dobraram e começaram a aumentar constantemente.
Nos últimos meses do ano passado senti que o 7 Chaves estava limitado, ele precisava se reinventar e ele merecia ser valorizado, lá dentro existe toda minha verdade, comecei a reler vários poemas e percebi que era eu em todas as linhas, em diferentes fases da minha vida, na época pensei em desistir dele também, pois não achei necessário expor mais nada, mas não era exposição, era sentimentos. 
7 Chaves se limitou a mim, o Outras Chaves não tem limites, é um blog com pensamentos maduros e personalidade, é sobre a vida, sobre ser adulto, sobre assumir a verdade de tudo que é sentido e vivido. Outras chaves abrem as portas da imaginação e da criatividade que existem em mim para expor detalhes do cotidiano, ora em forma de texto, ora em forma de poemas. O Outras chaves nasceu no momento em que eu assumi o que de melhor tem em mim, e eu quero que ajude as pessoas, de alguma forma, eu quero ajudar as pessoas, e se tudo der certo, em breve ele estará indo além do virtual.

CL: Quais blogs você mais lê atualmente?

RT: Diariamente leio muitos blogs que sigo, por sinal muitos conheci através da Corrente Literária, é uma forma de inspiração e eu gosto da forma diferente como cada pessoa aborda o mesmo tema.
Sou fã do ANTROPOCENTRIA , gosto da forma como o autor descreve os acontecimentos e os fatos.



Gostou da entrevista com o Ranieri? É só clicar AQUI e curtir o que ele escreve.



3 comentários:

  1. Adorei 'conhecer' ele, até porque também sou gaúcha. Beijos

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  2. Adorei saber que hoje ele lê blogs que conheceu por meio da CL ^^

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  3. Gostei bastante da entrevista e já estou seguindo o blog "Outras chaves". Gostei bastante da escrita do Raniere.

    O mundo sob o meu olhar

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